LESÃO MUSCULAR
No mundo esportivo a lesão muscular pode ser um grande obstáculo pois 10 à 55% de todas lesões esportivas são musculares (90% delas são contusões e distensões, os outros 10% são lacerações). Vale salientar que é uma lesão muito mais visível nos esportes que tenham sprints, chutes, movimentos de alta velocidade e movimentos com alta ADM durante sua execução.
Sua epidemiologia é bem definida, onde, atletas masculinos possuem maior taxa de sofrerem lesões musculares quando comparado com mulheres, sendo o bíceps femoral o mais acometido. Alguns fatores de risco podem ser analisados e precavidos para sua prevenção, como:
- Fraqueza muscular;
- Flexibilidade reduzida;
- Desequilíbrio de força entre Quadríceps e Isquiotibiais.
Quando o atleta ou paciente com esse tipo de lesão chega aos nossos cuidados ele pode apresentar alguns fatores clínicos que são determinantes e que podem ser utilizados como um prognóstico de melhora como Equimose, GAP, diminuição de ADM e sua marcha alterada.
A lesão pode ser classificada em três graus, sendo eles:
- Grau I: Estiramentos e contusões leves
- Grau II: Estiramentos e contusões moderadas
- Grau III: Estiramentos e contusões graves
No entanto, o Consenso de Munique é utilizado como um sistema de classificação mais abrangente. Classificando as lesões musculares com lesões funcionais (distúrbio muscular indireto agudo “sem evidência macroscópica”) e estruturais (qualquer lesão muscular indireta aguda “com evidência macroscópica”).
Assim como ser assertivo nas suas condutas de tratamento precisamos também ficar em cima de bons critérios de retorno ao esporte, o famoso Return to Play, onde:
- Capacidade de alongar o músculo lesionado tanto quanto o músculo contralateral saudável;
- Amplitude de movimento, força e habilidades funcionais o mais próximas do normal possível;
- Uso sem dor dessa musculatura para movimentos básicos;
- Avaliação de força muscular satisfatória;
- Testes funcionais relacionados a especificidade do esporte do paciente estejam em bons padrões.
O mais importante de tudo isso é a prevenção, para isso precisamos relembrar que o controle motor, flexibilidade e força muscular são a base desse plano preventivo.
Autora:
Gabi Delgado (@gabidelgadoo_)
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