TENDINOPATIA PATELAR

TENDINOPATIA PATELAR
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Anteriormente conhecida como “joelho do saltador” a tendinopatia patelar é uma lesão comum do tendão patelar caracterizada por dor relacionada à carga no tendão patelar, até 45% dos atletas de elite em esportes de salto, como basquete e vôlei, sofrem com essa lesão por sobrecarga que pode causar déficit funcional e incapacidade em atletas profissionais interferindo no seu desempenho e muitas vezes persiste ao longo da carreira desportiva.

O que é o tendão patelar?

É uma estrutura fibrosa que conecta a parte final da patela, que chamamos de polo inferior da patela a uma proeminência óssea localizada no início da tíbia, chamada de tuberosidade anterior da Tíbia

Alguns dos fatores contribuintes podem ser:

  • Fraqueza na musculatura anterior da coxa
  • Erros na técnica de saltos e agachamentos
  • Limitação na mobilidade do quadril ou tornozelo
  • Excesso de carga
  • Esforço repetitivo com sobrecarga durante as atividades

APRESENTAÇÃO CLINICA

  1. Dor localizada no polo inferior da patela
  2. Dor relacionada à carga que aumenta com a exigência dos extensores do joelho, notadamente em atividades que armazenam e liberam energia no tendão patelar.
  3. Outros sinais e sintomas, como dor ao sentar-se por muito tempo, agachar-se e subir escadas, podem estar presentes, mas também são características da dor femoropatelar e de outras patologias.

AVALIAÇÃO

  • Atrofia ou redução da força muscular (glúteo máximo, quadríceps e panturrilha);
  • Postura/alinhamento do pé;
  • Flexibilidade de quadríceps e isquiotibiais;
  • Amplitude de movimento de extensão do tornozelo em cadeia cinética fechada;
  • Testes de salto podem ser utilizados para identificar déficits nas atividades de armazenamento de energia;
  • Avaliação da irritabilidade da dor durante, até 24hs (dor de tendão “estável”) e por mais de 24hs (dor de tendão “irritável) após atividades de armazenamento de energia.

TRATAMENTO

Para o manejo da tendinopatia patelar podemos utilizar estratégias como os exercícios isométricos, exercícios excêntricos e o heavy slow resistence training.

Exercícios isométricos parecem ser mais eficazes para a fase inicial do tratamento e durante as temporadas competitivas, visando o alívio da dor a curto prazo. Para isso, o exercício deve ser pesado, mantendo a isometria por pelo menos 45 segundos.

Enquanto heavy slow resistance training ou exercícios excêntricos são mais adequados para redução da dor a longo prazo e melhora na função do joelho. Como a patologia do tendão existe em um continuum com gravidade variável e irritabilidade, a seleção apropriada da técnica de tratamento deve envolver a consideração dos níveis de dor do indivíduo, necessidades esportivas e objetivos.

Além dos exercícios de fortalecimento devemos observar as articulações adjacentes, tornozelo e quadril, em busca de um diagnóstico diferencial, envolvendo déficits de mobilidade, etc.

Bandagens, treinamento com restrição de fluxo sanguíneo e agentes eletrofísicos são bem vindos desde que não sejam utilizadas isoladamente.

Autores:

Gabriela Delgado (@fisio_gabidelgado)

Kelvin Lourenço (@kelvin_est)

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